domingo, 7 de fevereiro de 2016

Um anjo chamado Vitória Milena

Eu acredito em anjos.

Você acredita em anjos? Eu acredito!
Sem asas, com asas, em forma de gente, de acontecimentos e situações  totalmente inesperadas!
São enviados para nos animar,  ensinar, confirmar! Equilibram!
Um dia um anjo entrou em minha vida e através dela eu conheci crianças com deficiencia, mães que tem uma energia inabalável, incansáveis. Uma legião de gente vinda de outro planeta.
Como assim? Como ela aguenta? Como dá conta? Histórias reais!
Anjos atraem anjos, são protegidos, perto deles sinto um pedacinho de paraíso. Um mundo perfeito.
Lá em cima eles vão andar, falar e se pronunciar. Lá é o mundo deles.
Eu carrego um anjo, e por esse anjo minhas forças são renovadas, minha fé me leva além. Eu vou......
Faço coisas que jamais imaginei ser capaz, vejo cenas que antes não queria nem chegar perto. Hoje eu quero!
Através da Vitória e , uma vida sem limites, uma vida de milagres e um amor que brotou na hora certa.
Se você não se acha capaz, se vc esta desanimado, se enfrenta uma adversidade, acredite que anjos existem, que nossa força pode ser multiplicada, e que toda história pode ter um final feliz.
Anjos alegram. Anjos existem.                                                                                                                
Meu anjo, Minha Vitória ...

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Quando nasce uma criança especial

Quando nós, mulheres, estamos grávidas, nós não esperamos um filho ou uma filha. Não, não é uma criança que nós esperamos. Nós estamos gestando sonhos, expectativas, planos… Sim, sentimos seus chutes, suas mãozinhas nas nossas costelas, às vezes até seus soluços. Mas não os vemos! Enquanto gestante, o filho e a filha não é uma criança, é uma ideia, pois não podemos ver concretamente. É a ideia que construímos acerca deles, refletindo nossas expectativas.
É por isso que nenhuma mãe está pronta para receber um diagnóstico que diz: seu filho ou sua filha é especial. Seu filho é autista, sua filha é down, seu filho tem síndrome de Dandy Walker, Paralisia Cerebral… Não estamos preparadas, não corresponde às expectativas que criamos, à ideia da criança, temos que desconstruir nossos sonhos e começar do zero sem saber com o que contar. Um tiro no escuro.
Não, mãe, eu não quero dizer que a culpa é sua. Não é culpa sua se no começo é difícil aceitar, pois não é isso que nos dizem ser “normal”, não é isso que nos dizem para esperar. Porque nos dizem, sim. Dizem na propaganda que nosso filho vai vestir azul e ser astronauta, que nossa filha vai gostar de rosa e querer ser princesa, e que ambos vão querer ovo de Páscoa em abril e nos trazer desenhos no dia dos pais e das mães. Mas eles não falam dos outros filhos e filhas que vão ussr cadeira de rodas, que não vão falar, que não vão conseguir segurar o lápis para fazer o desenho, que vão precisar de uma UTI em casa e das outras mães e pais que vão ter uma rotina mais pesada, pouca privacidade e muito desgaste emocional e psicológico. Aqueles pais e mães que não vão ver a filha no ballet e o filho no judô e que não vão estar tão à vontade nos grupos comuns de pai e mãe.
Mas eles existem. Apesar de não estarem nos planos e nos catálogos de supermercados, nas propagandas de imóveis, nos comercias de cinema.
E quando a mãe que estava gestando aquela ideia, aqueles sonhos e aqueles planos dá a luz não à ideia, mas a uma criança, com suas próprias características e sua própria história pra escrever (história essa que exige mais cuidados, mais dificuldades talvez)… Aí vem o choro, o desamparo, a ansiedade, o desespero. Aí a mãe e o pai da criança se perguntam por que isso aconteceu, por que não pode ser como todos os outros? Mas ela não tem as histórias dos outros, ela tem a sua própria história, mas talvez precise de uma ajudinha pra segurar o lápis e escrever. Ela precisa de mais amor e mais dedicação ainda, mas ela é como todos os outros bebês que nascem todos os dias no mundo todo: uma criança, inteira e independente, com sua própria personalidade. Não a ideia dos pais. E toda criança precisa de ajuda pra traçar seu caminho e fazer sua história, mas a história é só dela.
É por isso que quando nasce uma criança especial nasce também uma família especial. Uma família que vai ter que fazer diferente do catálogo do supermercado e que talvez não pareça com aquela família artificial do comercial da imobiliária. Afinal, não é uma família que saiu do script e segue a ideia de alguém. É uma família real, com pessoas independentes e de carne e osso, com dificuldades como todas as outras. Uma família especial porque pode ter muito a ensinar para si e para os outros, que pode mudar a vida de muitas pessoas através da história que ajudam seu filho e sua filha a escrever. História essa que, acima de tudo, se faz com amor. Com dificuldades sim, com obstáculos às vezes, talvez com algumas páginas borradas das lágrimas nas horas de desespero: mas escrita e registrada na mais bela língua e com aquilo que jamais se perde ou apaga, o amor.

Aline Rossi

Atualidades III











domingo, 26 de janeiro de 2014

O Luto


O LUTO DA MILENA

Eu engravidei e fiquei muito feliz. A partir de então passei a imaginar como seria bom ser mãe.
Imagina o seu rosto como ela seria fofinha, gordinha... Seis meses de gestação e ela nasceu, mas morreu...
Morreu a Milena que eu esperava quando engravidei. Morreu a Milena dos meus sonhos.
A que iria correr e dançar comigo. A que iria falar e me deixar de cara...
E o que dei a luz? ...
É a minha Milena havia morrido e eu não podia ficar de luto, pois havia outra Milena na maternidade esperando pelo meu carinho, meu amor, meu leite materno...
Mas como vou amar um ser tão feio?
Essa é minha filha? Eu perguntei com lágrimas nos olhos?
Meus passos se estenderam até a incubadora onde aquela estranha, que tomou o lugar da minha Milena estava.
Olhei-há um pouco mais para me acostumar... mas não era fácil vê-la tão frágil e com tantos aparelhos...Cheguei despreparada para aquele novo mundo e nem sabia direito pra onde olhar e nem o que pensar...
Quando me dei conta eu vi que a amava muito e que seu sofrimento causava muita dor em mim. Percebi que ela precisava de muito amor e sem perceber eu fui me enchendo desse amor forte...
Como posso amá-la? Ela esta ocupando o lugar da minha filha que tanto esperei... daquela bebê que iria correr e dançar comigo...
Mesmo sem saber a resposta eu fui aprendendo que aquilo era bom.
Eu fui aprendendo muito com essa criança “diferente”... E amando-a cada vez mais...
Não esqueci minha Milena gordinha, fofinha, com boa saúde... Às vezes me pego chorando sua perda e tem dias que estou de luto.
Mas quando olho pro sorriso da minha “nova” filha eu me encho de forças para continuar...
E quando estou sem forças ela me ajuda a enfrentar as dificuldades.
Demorou um pouco, mas foi bom ver que Deus levou a filha que eu tanto esperava e me deixou um dos seus anjos...
E foi bom dar a esse anjo o mesmo nome da minha filha que “morreu”...
Seu nome, Vitória Milena!
Eu te amo minha querida e estarei sempre ao seu lado...

Mamãe.

Autora:Antônia Yamashita

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Meu anjo de asas quebradas

O ANJO DA ASA QUEBRADA OU
QUANDO AS PESSOAS PERDEM A FÉ NOS OUTROS
(Victtoria Rossini)

Caiu no meu jardim...

Lindas penas
Olhos que falam
Coração puro
E uma asa quebrada!

Gemia pelas dores do mundo
Soluçava e murmurava
Decepcionado com tudo.

_ “Não pode ser assim!
Os homens pareciam tão belos!
Agora que cresci,
Já nem sei se os quero...
Como são maus
Se comportam como animais
Não se importam com ninguém
Só querem levar vantagem
Não importa em cima de quem...”

Consolo o meigo anjo
Minha esperança
E a de muita gente, esta nele.

_ “Sorria e mostre a tua luz
Que toda escuridão desaparece.
Não acredite em tudo que teus olhos vêem
Os homens ainda são crianças
Não desista deles...
Com o tempo, ainda acharão seu caminho!”

Ele me olha desanimado
Segura asinha cansado
E adormece no meu jardim.

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